Tentei calar a canção
que existe nela,
apagar o sol que nela
brilha,
pregar as asas de sua
janela,
destruir as pontes de
sua ilha.
Pensei turvar o branco
do seu sorriso,
poupar o mundo de sua
alegria,
transformar sua garoa
em granizo,
e nunca mais lhe fazer
poesia.
Queria... ah, como eu
queria
esquecer seu nome, suas
datas, seu jeito,
Apagar do calendário
aquele dia
arrancar suas marcas do
meu peito
E como flecha lançada
do arco
fui buscá-la em cada
canto do cais,
para no casco do último
barco
gravar seu nome para
nunca mais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário