Busquei nas gavetas do
tempo
nos armários inúteis
em bolsos esquecidos,
onde encontrei apenas
velhas lembranças,
e delas tentei fazer
poesia.
Procurei nas esquinas
poeirentas
sob pontes descabidas
em portas inocentes,
onde se exilam
excluídos e tímidos,
e em seus olhos não
estavam as rimas.
Perguntei aos sonhos
interrompidos
janelas que contemplam
o nada
paisagens estampadas
nas paredes,
onde o tédio finca
raízes nas nuvens,
mas ninguém soube
noticias.
Publiquei apelos no
jornal
gritei a pulmões
esperançosos
esperei à sombra das
torres,
onde as esperanças são
incoerentes,
e não me trouxeram
provas.
Onde estaria a poesia
perfeita?
a tais horas
perambulando pelas ruas
talvez acolhida num
banco de jardim
talvez escondida tão
perto de mim...
Poesia mais que
perfeita
talvez me visite no
próximo domingo.
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