quinta-feira, 30 de junho de 2011

Colo de mãe


Duas mãos lentas,
Um carinho calado,
Uma palavra não dita,
Amor escancarado.
No corpo sofrido,
Franzino, arqueado,
O vestido que não se ajeita.
No colo gostoso
O carinho que dói,
Cheiro de camomila,
Cheiro de mãe velhinha.
Será que toda mãe tem o mesmo cheiro?
A penumbra aumenta a saudade
E ela nem se foi.
Perco-me no encanto de sua frágil idade,
Fragilidade que encanta,
Criança outra vez.
Queria ser mais forte que ela.
Queria mesmo.


Deni Píàia

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Ganhei!

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Memórias

Menção Honrosa (10° lugar) no VI Varal de Poesias UNIFAMMA - Universidade Federal de Maringá-PR, 2011.
o
O quadro-negro da memória
Guarda frases rabiscadas:
Não pode...
Não deve...
Educação cercada de muros,
Trancas nas portas, vidraças opacas,
Medo.
Incoerentes correntes
Aprisionam sonhos e vôos,
Pés pretos de branco jugo
E as porteiras.
Atam mãos sossegadas às suas almas mortas,
Janelas bocejando ao sol fresquinho da manhã.
E o vento venta,
Sopra segredos,
Range lamentos.
Revela histórias e lendas,
Esparrama glória pelas sendas
Assoviando em quinas,
Indiferente, nas esquinas.
Venta vento, ventania,
Em desbocada poesia.
Que leve tudo para bem longe
Soprando nuvens para reinventar formas

Deni Píàia