Mais que uma farda,
carrega um fardo.
Veste o perigo, sai
para o incerto.
Fique esperto! – diz
a mulher sabichona.
Fique vivo – diz a
mãe aflita.
Fique comigo – diz o
filho choroso.
Fique – diz a
consciência limpa.
Vá trabalhar –
determina a vida suja.
A rua é praça de
guerra,
A praça é rua de
terra
Que lhe pede proteção.
Mas quem vai
protegê-lo?
Honra e
miséria nunca rimaram,
Mas
bandido rima bem com perigo.
Vai como se fosse ele o
alvo a esconder.
Nem pensa na volta, que
é incerta,
Nem pensa na morte,
quase certa.
Estatelado no chão,
com a boca aberta,
Foi encontrado mais
tarde
Em óbvia desvantagem.
Somente o bem-te-vi,
sem alarde,
Prestou-lhe a última
homenagem.
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