quinta-feira, 13 de junho de 2013

Espere, esperança


Espere, esperança.
Espere que ainda é cedo!
Não me deixe só,
tenho medo
que a noite dos rejeitados venha me engolir.

Espere.
Considere que sou novo nessa escola,
estou chegando de tão longe,
de onde a vida faz sentido,
onde os sonhos que tenho tido
cabem dentro da mão em concha.

Espere, esperança!
Eu era feliz e sempre soube,
mas tudo que sonhei não coube
naquele mundinho pequeno,
tão sereno...

Espere, esperança!
Imploro,
mas sei que a lição é fria.
A vida não tem poesia
quando se anda fitando o chão.
...Vá, esperança,
não me espere em vão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário