quinta-feira, 10 de março de 2011

Tabus

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Enquanto todos se escondem
Eu me exponho e me expurgo.
Não posso saber,
Não posso ver,
Não posso ouvir.
Tabus são prisões.
No muro que nos separa nascem avencas
Apenas do meu lado.
Nelas eu me agarro para me manter lúcido.
Sei que estão todos ocupados e
Eu não estou nos planos.
A janela clara anuncia novo dia
Sem que a noite termine.
A luz do abajur tinge minha pele de um vermelho tímido
Enquanto o vento sopra nuvens para reinventar formas.
Quem espera nem sempre alcança, mas
Sempre cansa.
Quem me ouvir ganha minha esperança,
Minha fé eu vendo para a religião que der mais e
Com o dinheiro compro meus sonhos.

Deni Píàia

Um comentário:

  1. Deni

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    abraços

    Marcel Franco
    interfacesculturais.blogspot.com

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